celebrando a vinda à história do Deus feito Menino, reconhecê-lo, aqui e agora, em tantos rostos, que são o seu!
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Feliz Natal!
celebrando a vinda à história do Deus feito Menino, reconhecê-lo, aqui e agora, em tantos rostos, que são o seu!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Ver com o coração!
domingo, 16 de dezembro de 2007
A Alegria!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Felicidade!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Verdadeira Educação!
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Um novo estilo de organização: renovar ou reformar!
Esta recomendação vem muito a propósito e com marcas de urgência. Teremos de nos interrogar se este objectivo se procura por reformas ou por um processo de renovação.
É um facto que a Igreja, em alguns campos e aspectos, não se desprendeu ainda de formas e de estruturas que hoje mais dificultam a circulação da vida, que a favorecem. As estruturas são um serviço à vida das pessoas e das comunidades. Por isso mesmo, são, por sua natureza, avaliadas periodicamente e substituídas ou renovadas, quando deixam de servir os objectivos desejados.
A Igreja está, em nome do Deus em que acredita e da Mensagem que lhe foi confiada, ao serviço das pessoas, construindo comunidades, animadas pela graça de os seus membros se sentirem uma família nova de filhos e de irmãos. Quando a vida das pessoas muda ou as mudanças sociais dão origem a novas culturas, nas quais se alteram valores, critérios e modelos de vida, logo tem de surgir a interrogação sobre os novos caminhos a abrir e percorrer para melhor se poder servir. De outro modo, a Igreja fica fora do tempo e começa a funcionar e a gastar as suas melhores energias em função de si própria e não daqueles aos quais é enviada. Fica assim em causa a sua condição de servidora do Evangelho de Cristo, uma Boa Nova nunca esgotada, nem envelhecida, e sempre necessária, para que as pessoas vivam e comuniquem segundo a dignidade que lhes é própria e, pelas relações mútuas, exerçam o seu protagonismo de construtores responsáveis de uma sociedade humanizada e fraterna.
Séculos houve em que, no aspecto religioso, o campo invadiu a cidade e aí assentou arraiais com formas de vida e de acção eminentemente rurais. As paróquias são estruturas rurais na sua origem e medievais na sua óptica e concepção.
Numa sociedade estática, na qual a cidade não era senão um campo alargado onde vivia maior número de gente rural, a estrutura territorial ajudava a coesão por via da delimitação de fronteiras e da concretização de tarefas religiosas. Os leigos em geral não eram mais que membros passivos da Igreja que dela recebiam a Palavra e os Sacramentos. A eles mais não se pedia que a ajuda material.
De depressa, por motivos ridículos, se foram gerando bairrismos e conflitos. Muitos destes ainda perduram sensíveis a formas novas que se pretendam implementar.
Pela explosão das ordens religiosas, ao tempo com clero mais abundante e preparado, foram surgindo no tecido religioso alguns quistos, que não favoreceram e ainda hoje nem sempre favorecem a renovação desejada.
O mundo das pessoas mudou nas suas expressões, objectivos e relacionamentos e as fronteiras territoriais amoleceram, no sentido da coesão e até da expressão comunitária. O urbanismo, como pensamento e expressão de vida, invadiu o que restava de mundo rural. A mobilidade cresceu pelas mais diversas razões e é hoje expressão normal da vida de muita gente. Democratizaram-se a vida pública e os regimes políticos, a escola e as relações pessoais, alteraram-se os valores tradicionais e multiplicaram-se as fontes de informação, com manifesta influência nos ideais de vida e nos comportamentos pessoais e colectivos. De repente, tudo mudou. Porém, algumas estruturas eclesiásticas, nomeadamente as paróquias, mas não só, perduram neste século XXI, embora com algumas reformas, com o colorido de formas estruturais de séculos longínquos. A palavra de ordem passou, por isso mesmo, a ser outra: Tempos novos, novas formas de acção pastoral e de expressão apostólica.
Esta reflexão, que vai continuar, pretende ser uma ajuda operativa ao apelo do Papa.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Pampilhosa: «Crescer Juntos»
Desde logo, a psicologia diz-nos que o que somos se forma nesta interacção; ou ainda, que são os outros a revelar-nos uma boa parte de nós. Isto é, necessitamos do outro para nos descobrirmos na nossa identidade mais profunda e crescermos como pessoas.
Poder partilhar as nossas vidas é, então, não apenas uma graça, mas também uma necessidade! Efectivamente, «ninguém é feliz sozinho»!
Os campos primeiros de acolhimento e de expressão do que somos encontramo-los na família, no grupo de amigos, nesta ou naquela instituição de que somos pertença. É aí que formamos a nossa identidade e nos expressamos na pura verdade daquilo que somos e vivemos.
Partindo do que referi, e ao olhar, agora, para a nossa comunidade cristã, sinto igualmente que ela tem de ser essencialmente um espaço de crescimento conjunto. Não apenas um lugar de rituais, de aprendizagem dos conteúdos da fé, ou de referência como lugar de uma certa pertença territorial. A Comunidade Cristã tem de ser um espaço de acolhimento de cada um, de partilha, de escuta, de confronto sadio, de expressão autêntica da identidade pessoal. Tendo por base um ideal comum – o projecto de vida definido por Jesus Cristo – a comunidade tem de ser o lugar da minha identidade e da minha expressão. Isto é, o espaço em que partilho o que sou e acolho o que os outros são!
Nesta perspectiva, importa que cada um de nós se abra à partilha com os demais; mas importa, igualmente, que cada um seja capaz de acolher a diferença e a complementaridade. Na Comunidade cada um é dom para o outro e cresce na medida em que acolhe esse outro como dom! Só assim, libertos de egocentrismos e abertos à alteridade, podemos crescer em conjunto.
Acabado de chegar à Pampilhosa, também eu gostaria de ser contributo neste crescimento conjunto; dando-me e recebendo o muito que cada um traz à minha presença. É aqui – creio – que aprendo, em dinâmica constante, a ser padre. Porque também eu não estou «feito», estou em pleno crescimento! A vida é sempre uma aprendizagem contínua e é-o, essencialmente, por aquilo que cada um nos traz de si como verdadeiro dom!
Também eu quero crescer convosco e, se possível, dar-vos algo de mim, que nos permita dizer sempre, momento a momento: crescemos em conjunto!
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Em memória...
- Nome que diz permanência do perdido.
Diálogo Necessário!
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Mudança necessária!
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Para Ser Grande!
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
Este pensamento foi retirado do belíssimo Romance, de José Rodrigues dos Santos, O Codex 632, que acabo de ler. Se ele serve, efectivamente, o pensamento do autor, pode servir-nos de desafio em todas as circunstâncias da vida. Mas, de entre todas - como o autor deixa entrever -, na busca permanente da verdade e da autenticidade. Deixo aqui este pensamento de Fernando Pessoa como homenagem ao autor e como desafio pessoal. Valeu!
domingo, 11 de novembro de 2007
Pediu Bento XVI aos bispos portugueses.
Neste encontro integrado na visita «Ad Limina» que os prelados estão a realizar até 12 de Novembro, o Papa também apontou caminhos novos para a Igreja Portuguesa: “eclesiologia da comunhão na senda do Concílio, à qual a Igreja portuguesa se sente particularmente interpelada na sequência do Grande Jubileu é a rota certa a seguir, sem perder de vista eventuais escolhos tais como o horizontalismo na sua fonte, a democratização na atribuição dos ministérios sacramentais, a equiparação entre a Ordem conferida e serviços emergentes, a discussão sobre qual dos membros da comunidade seja o primeiro”.
Depois de analisados os relatórios das dioceses portuguesas e verificar “a maré crescente de cristãos não praticantes”, Bento XVI alertou os pastores portugueses para que estudassem “a eficácia dos percursos de iniciação actuais, para que o cristão seja ajudado, pela acção educativa das nossas comunidades, a maturar cada vez mais até chegar a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística, de tal modo que seja capaz de dar razão da própria esperança de maneira adequada ao nosso tempo”.
sábado, 3 de novembro de 2007
A Misericórdia Divina!
Unidades Pastorais!
Esta reforma deve-se à cada vez maior escassez de sacerdotes e também a uma perspectiva mais “moderna e actual” no que diz respeito à prestação de serviços pela Igreja.“Isto não se faz por decreto, como as reformas que nós conhecemos. As unidades pastorais vão sendo constituídas à medida que forem criadas condições para isso”, disse ao CM D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), sublinhando que “o ideal é que essa constituição parta das próprias comunidades”.A ideia da Igreja não é, pelo menos numa primeira fase, acabar com as paróquias, mas integrá-las numa unidade em que todos os serviços, desde as celebrações à catequese, obedeçam a uma só coordenação.“Na maior parte dos casos não poderemos deixar de ter os centros paroquiais em cada terra para a realização de reuniões ou para as aulas de catequese, já que a Igreja não tem possibilidades de assegurar os transportes das crianças, mas, onde for possível concentrar, entendemos que é a melhor solução”, afirmou D. Carlos Azevedo.Em termos práticos, as actuais 4300 paróquias devem, a longo prazo, dar lugar a cerca de 1100 unidades paroquiais, a maioria delas formada por quatro paróquias.Algumas já foram constituídas, pelo menos no papel, nas dioceses de Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra e Braga, devendo avançar também nas restantes 15 dioceses do País.“É um processo que está em andamento e que está a decorrer consoante o que planeámos”, disse ao CM D. Jorge Ortiga, o presidente da CEP. Rejeitando a ideia de que possa haver contestações, o prelado explicou que “elas só serão criadas onde as comunidades quiserem”.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
O Santuário de Fátima!
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Pobreza!
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
As Bem-Aventuranças!
E foi na sequência desta maior sensibilidade ao sofrimento alheio que me ocorreu recordar-me das Bem-Aventuranças.
Muitas vezes julgamos tratar-se de um «discurso evangélico» que nos atira para a meta-história, isto é, para uma dimensão exclusiva do Reino que há-de vir em definitivo, esquecendo a dimensão intra-histórica, da concretização desse Reino aqui e agora, ainda que, sabemo-lo, não em definitivo. Ora, é isto que Cristo nos convida a viver: à Sua imagem, realizar aqui e agora o Reino de Deus, atentos, em particular, aos mais desfavorecidos.
De todas as Bem-Aventuranças, chamava-me particular atenção a terceira, segundo a formulação de Mateus: Bem Aventurados os aflitos, porque serão consolados. E percebi que este é um forte desafio à atenção de cada um de nós cristãos: quantos irmãos nossos, ao nosso lado, vivem tantas formas de «aflição» física, psicológica, afectiva, moral, económica, material, eu sei lá… sem que nós nos apercebamos das suas necessidades? Muitas vezes porque demasiado centrados em nós, incapazes de estar atentos a quem nos rodeia.
E se escrevo no plural, devo fazê-lo também no singular. Quantas vezes, eu próprio vivo demasiado centrado nas minhas preocupações e desatento relativamente a quem me rodeia? E quis deixar que esta Bem-Aventurança fosse um desafio para mim: levar consolação a quem está aflito. Pouco importam os modos ou a intensidade dos gestos; importa, sim, a sua permanência numa atitude de presença e de ajuda a quem sofre.
Nesta hora, algumas pessoas estão bem presentes no meu coração, por quem rezo a Deus, no sentido de encontrarem consolação; estão presentes na minha acção, na justa medida do que me é possível fazer por elas.
Mas, ao mesmo tempo, o consolo gera em nós acção de graças. A experiência da doença ou de qualquer forma de dor, quando encontra acolhimento na disponibilidade do irmão, faz-nos reconhecer este prolongamento da bondade de Deus expressa nas mãos de quem nos acolhe. Ter tido uma pequena experiência de dor, nestes dias, permitiu-me valorizar o dom de Deus que é o outro, expresso no rosto de quem nos acompanha. Em definitivo, é mais uma lição de vida a recordar-me o Evangelho. E a lembrar-me, sobretudo, que as Bem-Aventuranças são um desafio contínuo à minha vivência como cristão e como padre.
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
É necessária uma estratégia para a Diocese de Coimbra!
Como sabemos, estratégia, expressão derivada da linguagem militar, propõe-nos a adequação de meios em ordem a alcançar os objectivos definidos para determinada acção. Ora, é disto mesmo que a Diocese precisa: redefinir os objectivos a alcançar, a médio e longo prazo, e equacionar os esforços a implementar em ordem à sua concretização.
De outro modo, continuaremos a marcar passo, não assumindo compromissos estruturantes que dêem respostas capazes às necessidades do presente e do futuro, em ordem à missão da Igreja, assumida no contexto desta Igreja Particular de Coimbra. E não podemos alhear-nos de que continuamos com a manutenção de respostas que se situam no quadro do passado, não respondendo já à actual realidade eclesial e social; desgastando os agentes de pastoral (bispo, padres e leigos…) física, psíquica e emocionalmente; não preparando uma resposta inadiável face ao futuro que se avizinha.
Neste sentido, sem pretender focar todos os aspectos (só a temática da Evangelização e Reevangelização seria suficiente para um artigo), proponho três elementos estruturantes:
1 – É necessário retomar, com a maior brevidade possível e o maior empenho de todos, as Unidades Pastorais. Para tal, é prioritária uma reflexão profunda, que envolva, o mais possível, todos os cristãos, sobre a reestruturação do território diocesano. Algumas Dioceses começaram já, ainda que uma ou outra timidamente, a fazê-lo.
2 – Articulado com o primeiro ponto, é necessário implementar um verdadeiro espírito de corresponsabilidade: do bispo com todo o presbitério e todos os seus diocesanos; dos padres entre si, em verdadeira unidade presbiteral, diluindo todas as formas de isolamento e de individualismo pastoral; empenhando efectivamente, numa séria participação de toda a missão da igreja, os leigos da diocese, particularmente os que se vão manifestando mais responsáveis; empenhando as comunidades paroquiais no sentido de suscitarem no seu seio os ministérios e serviços de que têm realmente necessidade.
3 – Urge reequacionar e requalificar a formação de leigos. Depois de alguns anos de experiência de formação laical, particularmente com a Escola de Leigos e com a Escola de Música Sacra, há necessidade de criar sinergias, de potenciar esta formação e de lhe definir um plano articulado que se oriente para o exercício dos Ministérios. Tem sido meritória a acção da Escola de Música Sacra; tenho registado com agrado a acção da Escola de Leigos, projecto em que me sinto envolvido. Todavia, parece-me uma formação ainda desaproveitada, no sentido de qualificar quem assume Ministérios Eclesiais. Uma Escola de Ministérios é uma das necessidades da Diocese.
São três campos de acção prioritária ente tantos outros que podíamos equacionar.
Parece-me que só assim, privilegiando factores estratégicos para a concretização da missão da Igreja entre nós, podemos responder com mais eficácia ao presente e preparar o futuro que urge. Não podemos esquecer que já gastámos demasiado tempo sem conseguirmos dar passos concretos para uma reestruturação que se impõe. A diocese, e cada um de nós, só tem a ganhar quando todos nos empenharmos, em verdadeira comunhão, em assumir conjuntamente a missão que é de todos. Além disso, é de todos a responsabilidade pelo presente e pelo futuro desta Igreja, necessariamente aberta a encontrar novos caminhos de fidelidade à sua missão!
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
As dúvidas de Madre Teresa!
sábado, 15 de setembro de 2007
Dos «abusos litúrgicos» a São Pio V: o fim de um ciclo
O Motu Proprio de Bento XVI sobre a Liturgia Romana anterior à reforma de 1970, "Summorum Pontificum", que entra em vigor esta Sexta-feira não pode deixar de estar ligado a um ciclo de intervenções pontifícias e do Vaticano a respeito da questão dos "abusos litúrgicos". O próprio Papa escreve, na carta aos Bispos de todo o mundo, que em muitos lugares, a "criatividade" levou frequentemente "a deformações da Liturgia no limite do suportável". Este ciclo iniciou-se no tempo de João Paulo II, com a publicação da encíclica "Ecclesia de Eucharistia" (2003), cujo capítulo V é dedicado ao "decoro da celebração eucarística" e da Carta Apostólica "Mane Nobiscum Domine" (2004). Em 2004, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou a Instrução "Redemptionis Sacramentum" (O Sacramento da Redenção), "Sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia". Entre os abusos que a Santa Sé pretendia evitar encontravam-se o excesso de protagonismo dos leigos durante as celebrações, a partilha da comunhão com não-católicos, a substituição das leituras bíblicas na Missa por outros textos, o hábito de os sacerdotes partirem a hóstia no momento da consagração, a exposição do Santíssimo em condições inadequadas ou a introdução de elementos não-cristãos na Liturgia Católica, entre outros. "Não se podem deixar passar em silêncio os abusos, da máxima gravidade, contra a natureza da Liturgia e dos Sacramentos, bem como contra a tradição e a autoridade da Igreja que subsistem em diversos âmbitos eclesiais nos nossos dias e comprometem a celebração litúrgica" é a tese central do documento.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Pôr do Sol!
Um abraço, ou beijinho, a todos (as) os que por aqui passarem.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Inquietações!
Mas, mais ainda, a ser verdade aquilo de que se suspeita, de que existem motivações políticas por detrás destes incêndios, então o “horror” torna-se maior. A pergunta só pode ser: que motivações – a não ser a loucura! – poderão conduzir alguém a pôr em causa, deste modo, a vida e os bens dos seus concidadãos? Se se provar que existem motivações políticas, então digamos que é hora de acabar com estes políticos e estas políticas!
E o paradoxo é mesmo esse (a provarem-se essas motivações!): falamos de um país onde nasceu a democracia e onde todos eram responsáveis uns pelos outros. Se assim for, não será hora de repensar os modelos políticos sobre os quais assentam as nossas governações? Bom, espero que outras motivações possam estar por detrás deste drama. Todavia, não acredito que perante aquelas centenas de fogos apenas existam pirómanos. Há um mundo que temos de repensar!
2. Vivemos num mundo perfeitamente louco, em que os valores se subvertem, e no qual, depois, nos lamentamos das nossas próprias acções. Não sei que motivos podem estar por detrás da morte daquele adolescente inglês, que regressava a casa depois de um jogo de futebol (por isso a base deste comentário é ainda incipiente), mas é certo que muitos dramas de morte entre jovens e adolescentes resultam de má formação que vão construindo ao longo da vida. E falo de má formação ao referir o permanente acento na violência que hoje povoa a mente das nossas crianças e adolescentes. Olhemos para os brinquedos que lhes oferecemos, para os filmes, os jogos, as consolas… que colocamos nas suas mãos. Existem jovens, hoje, que passam muito do seu tempo a divertirem-se com a violência. Não terá esta realidade consequências no seu crescimento e nas suas atitudes? Será a violência meramente uma realidade lúdica, sem consequências na formação de alguém, capaz de passar com o tempo? Espero bem que sim! E que o futuro não nos traga pequenos “monstros” que fomos alimentando paulatinamente. A realidade pode até ser outra, mas julgo que não podemos ficar descansados, acolhendo a dose de violência que se nos impõe, como se ela fosse uma simples brincadeira sem significado. Mas aqui deixo a palavra aos psicólogos, que, certamente, muito têm a dizer a este respeito.
3. A morte do jovem futebolista espanhol, do Sevilha, António Puerta, chocou-me terrivelmente. Como já me havia chocado a morte do nosso Fehér. Particularmente por se tratar de um jovem, no início da sua vida, com apenas vinte e dois anos. Ficamos sempre sem resposta perante notícias destas. Mas não deixa de me recolocar as questões de fundo: que sentido tem a vida? Que segurança podemos encontrar nos nossos sucessos, nos nossos projectos, nas nossas conquistas? Aquele jovem tinha conquistado já o seu reconhecimento, a partir do seu talento, e tinha direito a continuar a sonhar – pessoalmente, profissionalmente, familiarmente, socialmente... Tinha um futuro à sua frente. A vida tem de ser mais justa! E acredito que um dia (ainda que já hoje, “como num espelho”) possamos compreender o sentido profundo do nosso existir. Senão a vida seria uma espécie de presente envenenado. E acredito (e espero!) que o não é!
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
AquaJovem!
Só existem caminhos!
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Contributo da Fé!
Padre no desemprego!
1º Comentário:
Formação de Catequistas!
“Qualquer actividade pastoral que não conte para a sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234); portanto, é preciso contar com uma adequada pastoral de catequese que possa:
Suscitar vocações para a catequese;
Distribuir melhor os catequistas entre os diversos sectores;
Organizar a formação dos catequistas (de base e permanente);
Atender pessoal e espiritualmente os catequistas e formar um grupo de catequistas integrado na vida da comunidade.
O objetivo principal da formação do catequista é o de prepará-lo para comunicar a mensagem cristã àqueles que desejam entregar-se a Jesus Cristo. A finalidade da formação requer, portanto, que o catequista se torne o mais capacitado possível para realizar sua missão.»
domingo, 19 de agosto de 2007
Homenagem!
sábado, 18 de agosto de 2007
Exemplo!...
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Nova Evangelização!
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Estar com as pessoas!
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Saber valorizar-se!
«O importante na vida
é aprender a arte de se valorizar.
Não se consegue valorizar os outros
sem primeiro dar valor a si próprio;
não se consegue confiar nos outros
sem primeiro se crer em si mesmo.
Não se tem condições de cativar alguém,
se primeiro não houver amor próprio.
É preciso amar-se para viver em paz,
com a vida e com os outros.»
In Tarcila Tommasi, Mensagens de Sabedoria, Ed. Paulinas, p. 27.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Publicação dos Livros Litúrgicos segundo o rito de São Pio V.
Nova divisão territorial na Diocese de Portalegre - Castelo Branco
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Partidos Políticos!
A verdade é que, na conjuntura da época, marcada essencialmente por um profundo elitismo e por um forte analfabetismo das populações, os partidos se resumiam a uma participação de algumas elites citadinas e, quando muito, a uma ou outra elite rural.
Os tempos mudaram: as nossas populações não são já – felizmente – analfabetas; o sentido de participação foi-se conquistando, consolidando-se o verdadeiro conceito de democracia; algumas elites foram-se diluindo (as sociais, de nome, de bom nascimento, mas não as de interesses económicos e, sobretudo, as oligarquias). Crescemos, indiscutivelmente, com o 25 de Abril (quando eu ainda era criança) para um novo sentido de participação. E quanto as memórias me permitem, essa participação foi muito intensa, efervescente, de confronto de ideias e de procura de novas soluções face a um passado recente ainda muito presente. Importava mobilizar toda a gente para uma nova configuração social, modelando o país no sentido de saber responder a novos desafios.
Volvidos pouco mais de trinta anos, todavia, essa mobilização começa a definhar. Os mais velhos manifestam-se ou desencantados, ou desmobilizados, agastados com propostas que não respondem senão aos interesses de novas elites que, entretanto, se foram formando, geradas no interior dos aparelhos partidários. Os mais novos, por seu turno, distanciam-se cada vez mais da política, encontrando-se hoje cada vez mais jovens apartidários e descomprometidos face ao exercício do direito de voto. Para muitos, votar é algo sem interesse, incapaz de os mobilizar.
Esta dupla situação vai-se agravando, conduzindo cada vez mais a um esvaziamento do conceito de partido político. Cada vez menos eles são motivo de confiança e de apoio dos cidadãos. Cada vez mais perdem as suas bases populares e se tornam, num novo contexto social, expressão dessas novas elites.
É neste sentido que a história parece conduzir-nos a um ponto comum: a luta entre pequenos grupos partidários, sem diferenças substanciais entre si, almejando apenas o exercício do poder. E o povo, essa base da democracia, está distante, porque desconfia, é distanciado, se desmotiva e deixa de participar.
Durante muito tempo, na segunda metade do século XIX, o poder foi transitando entre Regeneradores e Progressistas (inicialmente Históricos, como referi), em governos que se sucediam, sem grandes novidades para o desígnio nacional (pese embora o impulso logo inicial de Fontes Pereira de Melo; ainda que este tivesse de apelar à banca estrangeira devido à imobilidade dos potenciais investidores nacionais).
Portugal parece, hoje, ter regressado às décadas de 70 e 80 do século XIX. Particularmente à de 80, já que lhe falta o dinamismo de novas sensibilidades que marcaram o pensamento político português da década de 70.
Os maiores partidos políticos portugueses de hoje (com destaque para o PS e o PSD) parecem assemelhar-se aos piores momentos dos partidos Regenerador e Progressista. Ideologicamente próximos um do outro, parecem mais interessados numa luta de poder (interno e nacional) do que assumir verdadeiros desígnios nacionais.
O povo, repito-o, é cada vez mais uma “massa” desconfiada e desinteressada. Veja-se a tendência da abstenção nos actos eleitorais; vejam-se os comentários públicos, que nos chegam pelos meios de comunicação; vejam-se os índices de participação alargada nos aparelhos partidários.
Os partidos políticos são hoje, como ontem, o feudo de alguns, no sentido de salvaguardarem os seus interesses.
Não gostaria de terminar com notas negativas. Neste sentido, direi que, mesmo no meio de muitas incongruências ideológicas e sociais, o governo se vai esforçando por responder ao país real. Não sei se consegue, mas nota-se algum esforço.
Por outro lado, surgem cada vez mais movimentos de cidadãos e de independentes (mesmo que provenham de forças partidárias), capazes de refrescar o “pântano”[3] político nacional. E esta pode ser uma esperança, levando a cabo, a prazo, o desígnio de galvanizar de novo as bases da democracia, de modo a que se restitua o verdadeiro exercício do poder ao povo e não se mascare essa democracia com uma aparência que a poucos continua a enganar.
[1] O itálico é nosso.
[2] António Domingues de Almeida et Aliud, Dicionário Breve de História, Lisboa, Editorial Presença, 1996, p. 153.
[3] A expressão é de um notável político português – António Guterres – quando se demitiu do governo e deixou de exercer as funções de primeiro-ministro. Daí para cá, parece-me, as areias mudaram-se na voragem das águas, mas o pântano ainda não se consolidou.