
Mas de toda a conversa, eu prório sublinhava duas notas importantes: em primeiro lugar, a Igreja tem de abrir-se à experiência de outros quadrantes, na capacidade de resposta aos tempos modernos; os bispos e os padres não são os únicos "iluminados" no sentido de saber como fazer para que o Evangelho chegue hoje à vida das pessoas. Em segundo lugar - e aqui eramos unânimes - a Igreja necessita de uma formação que seja cada vez mais existencial e não tanto intelectual. E este pode ser o nosso "pecado".
Foi uma conversa interessante com alguém que, além do ministério, tem desempenhado ao longo da vida tarefas de gestão, nomeadamente em multinacionais. Penso que a partilha, o caminho em conjunto, a troca de opiniões e, sobretudo, a humildade para aprender, será caminho fecundo para o objectivo a que todos nos propomos: anunciar o Evangelho ao homem de hoje, históricamente situado.
Se nós não tivermos esta humildade, podemos correr o risco de querer anunciar ao homem de hoje tendo como referência o homem de ontem. E, por isso, falhar esse objectivo que nos propomos. Não será esta, em parte, a nossa dificuldade? Não estarão os nossos métodos de Evangelização desadequados e, assim, incapazes de falar à vida dos nossos contemporâneos?
No mínimo, julgo que esta é uma reflexão que cada vez mais se nos impõe!
Para sermos fiéis ao Senhor da Messe e aos homens, a quem nos envia!