sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Nova Evangelização!

Na sequência de um jantar com uma família, aqui no Luso, conversava com o Eng. Rui Mesquita, Diácono Permanente do Patriarcado de Lisboa, sobre a sua acção Pastoral. Sabia já que tinha estado envolvido no Congresso da Nova Evangelização. Não conhecia, todavia, a proposta de formação cristã que surgiu a partir daí. Dizia-me o Rui (ele não se importa que o trate assim!) uma coisa muito interessante: "Se a Igreja persisitir em não querer mudar nos seus métodos, não só deixa de falar ao mundo moderno, como - mais ainda - deixa de ser reconhecida por este! A Igreja, por isso, deixa de criar cultura!" Achei muito interessante a expressão!Foi igualmente curioso perceber os três pilares sobre os quais se pretende efectuar esta Nova Evangelização: conversão, oração, acção.
Mas de toda a conversa, eu prório sublinhava duas notas importantes: em primeiro lugar, a Igreja tem de abrir-se à experiência de outros quadrantes, na capacidade de resposta aos tempos modernos; os bispos e os padres não são os únicos "iluminados" no sentido de saber como fazer para que o Evangelho chegue hoje à vida das pessoas. Em segundo lugar - e aqui eramos unânimes - a Igreja necessita de uma formação que seja cada vez mais existencial e não tanto intelectual. E este pode ser o nosso "pecado".
Foi uma conversa interessante com alguém que, além do ministério, tem desempenhado ao longo da vida tarefas de gestão, nomeadamente em multinacionais. Penso que a partilha, o caminho em conjunto, a troca de opiniões e, sobretudo, a humildade para aprender, será caminho fecundo para o objectivo a que todos nos propomos: anunciar o Evangelho ao homem de hoje, históricamente situado.
Se nós não tivermos esta humildade, podemos correr o risco de querer anunciar ao homem de hoje tendo como referência o homem de ontem. E, por isso, falhar esse objectivo que nos propomos. Não será esta, em parte, a nossa dificuldade? Não estarão os nossos métodos de Evangelização desadequados e, assim, incapazes de falar à vida dos nossos contemporâneos?
No mínimo, julgo que esta é uma reflexão que cada vez mais se nos impõe!
Para sermos fiéis ao Senhor da Messe e aos homens, a quem nos envia!