domingo, 19 de agosto de 2007

Homenagem!

Se fosse vivo, o Senhor Pe. Abílio Simões completaria hoje, dia 19 de Agosto, 62 anos. Passados seis meses sobre o seu falecimento, continua a haver um sentimento imenso de perda. Se é certo que o choque inicial se atenua, a saudade do amigo, do companheiro, do padre, persiste! E é curioso que após a perda notamos melhor o bem que tivemos.
Igualmente se completaram cinquenta anos sobre a data de ordenação sacerdotal do Senhor Pe. Virgílio Gomes, no passado dia quinze. Acontecimento que ele estava a preparar com tanto entusiasmo e que não chegou a celebrar. Morreu cerca de cinco meses antes dessa data. Recordei-o, no passado dia 15, numa celebração de Bodas de Ouro Sacerdotais, com o pároco da minha paróquia natal, seu colega de curso.
Continuo a olhar à volta e a sentir o peso da perda e de uma certa solidão. Seis meses em que eu permaneço como único padre residente no espaço deste Arciprestado.
Curioso que mesmo que não nos vissemos com frequência (o que com o padre Abílio não acontecia, até porque me cruzava muitas vezes com ele), a certeza de que eles estavam ali era conforto e alento, o que agora não acontece. Tanto mais que o presbitério vive uma comunhão "sui generis" (prefiro chamar-lhe assim - sem queixa alguma, apenas como constatação), em que cada um continua a cuidar da sua vida e do seu trabalho. O sentido de corresponsabilidade é algo de muito diluído, vivendo cada um no seu pequeno mundo (como muitas vezes eu, no meu!...)
É por isso que hoje sinto mais essa ausência; e confrontar-me com uma imagem de quem desaparece faz surgir ainda um nó no intímo do coração!

Obs. Ainda que a data de publicação seja 20 de Agosto, comecei a escrever nos últimos minutos do dia 19. Na verdade, tudo é passageiro e, como diz a lenda, Cronos devora os seus própros filhos!