domingo, 11 de novembro de 2007

É preciso mudar o estilo de organização e a mentalidade dos membros da Igreja Portuguesa!
Pediu Bento XVI aos bispos portugueses.

“É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado, tendo em conta que todos somos um, desde quando fomos baptizados e integrados na família dos filhos de Deus, e todos somos corresponsáveis pelo crescimento da Igreja” – pediu esta manhã (10 de Novembro) Bento XVI aos bispos portugueses.
Neste encontro integrado na visita «Ad Limina» que os prelados estão a realizar até 12 de Novembro, o Papa também apontou caminhos novos para a Igreja Portuguesa: “eclesiologia da comunhão na senda do Concílio, à qual a Igreja portuguesa se sente particularmente interpelada na sequência do Grande Jubileu é a rota certa a seguir, sem perder de vista eventuais escolhos tais como o horizontalismo na sua fonte, a democratização na atribuição dos ministérios sacramentais, a equiparação entre a Ordem conferida e serviços emergentes, a discussão sobre qual dos membros da comunidade seja o primeiro”.
Depois de analisados os relatórios das dioceses portuguesas e verificar “a maré crescente de cristãos não praticantes”, Bento XVI alertou os pastores portugueses para que estudassem “a eficácia dos percursos de iniciação actuais, para que o cristão seja ajudado, pela acção educativa das nossas comunidades, a maturar cada vez mais até chegar a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística, de tal modo que seja capaz de dar razão da própria esperança de maneira adequada ao nosso tempo”.
Dois desafios têm sido afirmados, ao longo do dia de hoje: reorganizar o serviço Eclesial e assumir um novo impulso na Inicação dos Adultos. Um desafio bem real para a Igreja Portuguesa e, consequentemente, para cada uma das nossas Comunidades. Tarefa a assumir em verdadeira «corresponsabilidade», como bem afirma, ainda, o Papa.