
celebrando a vinda à história do Deus feito Menino, reconhecê-lo, aqui e agora, em tantos rostos, que são o seu!


Adormeci e sonhei que a vida era alegria; despertei e vi que a vida era serviço; servi e vi que o serviço era alegria.
"Os Portugueses estão cada vez mais a libertar-se da culpa e a assumir as suas responsabilidades!"
Deixo aqui este texto interessantíssimo, do Sr. D. António Marcelino, que me parece ser um bom ponto de partida para uma reflexão séria!
Na sequência de algumas conversas e de algumas acções, que fui tendo nestes dias, recordava aquele princípio básico da nossa experiência, recolhido no adágio popular «ninguém é feliz sozinho», e sentia como é necessário encontrarmos formas próximas de comunicação. A primeira, indiscutivelmente, passa pela relação mais íntima, no diálogo pessoa a pessoa, de que o nosso mundo de hoje tanto carece. E este mundo é, também, cada um de nós, em circunstâncias tão variadas da nossa própria vida. Necessitamos uns dos outros para nos confrontarmos, para nos aconselharmos, para nos descobrirmos, para manifestarmos as nossas ideias e sentimentos… Em suma, para crescermos!
Hoje escrevo porém para a Saudade
Comecei hoje, entre outras leituras, a ler o Livro Religiões do Mundo, de Hans Küng. Dizia ele a concluir o prefácio deste Livro:
Para ser grande, sê inteiro: nadaFernando Pessoa
Este pensamento foi retirado do belíssimo Romance, de José Rodrigues dos Santos, O Codex 632, que acabo de ler. Se ele serve, efectivamente, o pensamento do autor, pode servir-nos de desafio em todas as circunstâncias da vida. Mas, de entre todas - como o autor deixa entrever -, na busca permanente da verdade e da autenticidade. Deixo aqui este pensamento de Fernando Pessoa como homenagem ao autor e como desafio pessoal. Valeu!
É preciso mudar o estilo de organização e a mentalidade dos membros da Igreja Portuguesa!
"A Igreja proclama a verdade da misericórdia de Deus, revelada em Cristo crucificado e ressuscitado, e proclama-a de várias maneiras. Procura também praticar a misericórdia para com os homens por meio dos homens, como condição indispensável da sua solicitude por um mundo melhor e «mais humano», hoje e amanhã.
Com a nova Basílica da Santíssima Trindade, o Santuário de Fátima tornou-se verdadeiramente uma grande «cidade» de oração, continuando na perspectiva de permitir aos peregrinos ter novos espaços de recolhimento, particularmente centrados na celebração da Eucaristia. A sensação que tive ao visitar o novo espaço e ao ver o seu enquadramento no todo do Santuário, é exactamente essa: Fátima convida-nos cada vez mais à oração. Pouco importa o que é acessório - ao mesmo tempo que necessário para a concretização das obras -; o que importa é a dimensão espiritual para a qual somos elevados. Pessoalmente, fez-me muito bem passar por Fátima nestes dias!
Hoje, ao celebrarmos o Dia Mundial contra a Pobreza, fiquei «chocado» ao ouvir as notícias que nos davam conta de que em Portugal existem dois milhões de pobres. Dois milhões, em cerca de dez milhões de portugueses. Fiquei triste ao saber que as diferenças entre ricos e pobres se estão a agravar cada vez mais. Fiquei triste ao saber que a pobreza perpassa já pelo meio de uma certa classe média portuguesa, até aqui assim definida.
Este último fim-de-semana foi, para mim, um tempo rico de vivências e de comunhão espiritual: a entrada ao serviço de uma nova paróquia, que agora me é confiada; a partilha da experiência espiritual que emanava de Fátima, nos 90 anos das aparições e na dedicação da nova Basílica da Santíssima Trindade; a comunhão com o sofrimento de algumas pessoas que me estão próximas, por via da minha actividade pastoral. Tudo isto vivido num clima de alguma debilidade pessoal, porque, eu próprio, durante a última parte da semana anterior, fui vitima de uma forte amigdalite que me prostrou durante dois ou três dias. Talvez por isso mais sensível a um conjunto de sinais envolventes.
Agora que fazemos avaliação de um quinquénio pastoral na Diocese de Coimbra e que nos confrontamos com as suas mais prementes necessidades, não deixo de pensar que é necessária uma verdadeira estratégia para a nossa Diocese. A avaliação, incidindo nas temáticas do Plano, deve compaginar-se com propostas de futuro, que respondam aos mais urgentes desafios que se nos colocam. Esta será a forma de aproveitar este ano pastoral, dando-lhe um cunho, simultaneamente, de avaliação e programação. Outro modo será dizer de avaliação pró-activa.
Quando lia, há dias, um artigo da revista Visão sobre as dúvidas de Fé de Madre Teresa de Calcutá, vinha-me à memória uma imagem que as Irmãs Carmelitas expunham num quadro, para dar a conhecer a sua congregação, no contexto de uma semana das vocações. Apresentavam-nos elas a imagem da montanha e a dificuldade em ver claro quando se está imerso nela. E recordava a minha primeira experiência de contacto com a Serra da Estrela. Quando, depois de Nelas, nos aproximamos da serra, ela aparece-nos com toda a sua majestade no horizonte e nós temos uma imagem clara da sua dimensão; ao contrário, quando começamos a subi-la, tudo parece bem mais difícil e aquela precisão de contornos deixa de se ver. A subida da serra torna-se, aliás, muito mais difícil do que poderíamos imaginar. Mas há aqui uma diferença profunda: à distância ainda não estamos na serra, e ela é clara para nós; quando imersos nela, deixamos de ver tão claramente, mas estamos no seu seio, envolvidos pela sua grandiosidade. Ora, esta bem pode ser uma imagem que nos permite compreender os meandros da fé: à distância, tudo parece claro, mas é ainda realidade externa; quando imersos na sua vivência, com um compromisso total da vida, a clareza de contornos parece perder-se, mas estamos lá, tocados pela realidade que nos envolve em todos os sentidos. O cume parece mais distante, mas não o é, pois que não vendo claramente estamos mais próximos dele do que aqueles que o olham à distância. Esta imagem da montanha ajudou-me sempre a compreender este mistério. Não devemos preocupar-nos em ter uma visão total da realidade, mas sim em viver imersos na realidade! Este sim é o caminho da fé, como desafio à nossa existência!
Pesem embora razões válidas para a defesa da dignidade das celebrações litúrgicas, afrontando os exageros que têm sido cometidos, continuo a afirmar que o regresso à Missa de São Pio V não pode ser a resposta a dar pela Igreja. A dignificação da Liturgia tem de fazer-se na linha do Vaticano II, até porque existe uma unidade intrinseca entre a Constituição Sacrossantum Concilium e a Lumen Gentium. Há aqui, reafirmo-o, uma questão de Eclesiologia.



Um abraço, ou beijinho, a todos (as) os que por aqui passarem.
1. Não existem palavras para descrever o drama e a angústia dos nossos irmãos gregos, perante um drama nunca visto como o dos incêndios que ali lavram, particularmente na Península do Peloponeso. É horrível o “espectáculo de morte” e o drama da perda total de bens. Imagino a angústia de quem vive este drama.
2. Vivemos num mundo perfeitamente louco, em que os valores se subvertem, e no qual, depois, nos lamentamos das nossas próprias acções. Não sei que motivos podem estar por detrás da morte daquele adolescente inglês, que regressava a casa depois de um jogo de futebol (por isso a base deste comentário é ainda incipiente), mas é certo que muitos dramas de morte entre jovens e adolescentes resultam de má formação que vão construindo ao longo da vida. E falo de má formação ao referir o permanente acento na violência que hoje povoa a mente das nossas crianças e adolescentes. Olhemos para os brinquedos que lhes oferecemos, para os filmes, os jogos, as consolas… que colocamos nas suas mãos. Existem jovens, hoje, que passam muito do seu tempo a divertirem-se com a violência. Não terá esta realidade consequências no seu crescimento e nas suas atitudes? Será a violência meramente uma realidade lúdica, sem consequências na formação de alguém, capaz de passar com o tempo? Espero bem que sim! E que o futuro não nos traga pequenos “monstros” que fomos alimentando paulatinamente. A realidade pode até ser outra, mas julgo que não podemos ficar descansados, acolhendo a dose de violência que se nos impõe, como se ela fosse uma simples brincadeira sem significado. Mas aqui deixo a palavra aos psicólogos, que, certamente, muito têm a dizer a este respeito.
3. A morte do jovem futebolista espanhol, do Sevilha, António Puerta, chocou-me terrivelmente. Como já me havia chocado a morte do nosso Fehér. Particularmente por se tratar de um jovem, no início da sua vida, com apenas vinte e dois anos. Ficamos sempre sem resposta perante notícias destas. Mas não deixa de me recolocar as questões de fundo: que sentido tem a vida? Que segurança podemos encontrar nos nossos sucessos, nos nossos projectos, nas nossas conquistas? Aquele jovem tinha conquistado já o seu reconhecimento, a partir do seu talento, e tinha direito a continuar a sonhar – pessoalmente, profissionalmente, familiarmente, socialmente... Tinha um futuro à sua frente. A vida tem de ser mais justa! E acredito que um dia (ainda que já hoje, “como num espelho”) possamos compreender o sentido profundo do nosso existir. Senão a vida seria uma espécie de presente envenenado. E acredito (e espero!) que o não é!
Relia, há pouco, um pensamento escrito pelo Pe. Vasco Pinto de Magalhães, que aproveito para partilhar aqui:
Dizia Humberto Pagiola que "a fé pode não mover montanhas, mas ajuda a subi-las". Assim é, na verdade. Muitas vezes, sentimos que a ligação a Deus não nos retira dos problemas que temos de enfrentar (tão pouco retirou o próprio Jesus Cristo), mas dá-nos o sentido da presença do Outro e a força interior necessária para continuar a lutar. Diante de muita gente que afirma que o recurso à fé é um baluarte dos fracos, vale a pena dizer que ela é um baluarte que nos fortalece. Principalmente porque, enquanto abertura a Deus, nos permite contar com a força desse Outro que me acompanha no mistério da minha vida. Por outro lado, ajuda-me a assumir o compromisso com a minha existência, porquanto me confronta com o modelo de vida que é Jesus Cristo. Nesta medida, qualquer experiência humana - mesmo que por mais dolorosa - pode ser vivida como abertura amorosa aos outros, fazendo-me sair do meu isolamento. Pela fé, tudo ganha absolutamente um sentido novo. Até a própria morte. Como escrevia João Azevedo Mendes, na introdução ao livro do Pe. Vasco Pinto de Magalhães, Não há Soluções, Há Caminhos, "ter fé é outro modo de dizer que temos futuro, que podemos ser felizes se quisermos".
«A formação dos catequistas é actualmente uma das tarefas mais urgentes das nossas comunidades, pois, “o catequista é de certo modo, o intérprete da Igreja junto dos catequizandos” (DCG 35).
Se fosse vivo, o Senhor Pe. Abílio Simões completaria hoje, dia 19 de Agosto, 62 anos. Passados seis meses sobre o seu falecimento, continua a haver um sentimento imenso de perda. Se é certo que o choque inicial se atenua, a saudade do amigo, do companheiro, do padre, persiste! E é curioso que após a perda notamos melhor o bem que tivemos.
Na sequência de um jantar com uma família, aqui no Luso, conversava com o Eng. Rui Mesquita, Diácono Permanente do Patriarcado de Lisboa, sobre a sua acção Pastoral. Sabia já que tinha estado envolvido no Congresso da Nova Evangelização. Não conhecia, todavia, a proposta de formação cristã que surgiu a partir daí. Dizia-me o Rui (ele não se importa que o trate assim!) uma coisa muito interessante: "Se a Igreja persisitir em não querer mudar nos seus métodos, não só deixa de falar ao mundo moderno, como - mais ainda - deixa de ser reconhecida por este! A Igreja, por isso, deixa de criar cultura!" Achei muito interessante a expressão!Foi igualmente curioso perceber os três pilares sobre os quais se pretende efectuar esta Nova Evangelização: conversão, oração, acção.
Ontem, após ter celebrado uma Eucaristia com vários baptismos, necessitei de regressar à Igreja para recolher uma ficha que necessitava para a Missa seguinte. Entretanto, os pais de uma das crianças baptizadas pediam-me que tirasse uma fotografia com eles. Respondi-lhes de imediato que tinha muita pressa, pois estava já atrasado para a Missa seguinte. Mas acedi e fiz a fotografia com eles. Enquanto me dirigia para a outra paróquia pensava nisto mesmo: quantas vezes andamos tão absorvidos com a multiplicidade de celebrações, de compromissos que pressionam o relógio, e não temos tempo para as pessoas. Entretanto, consciencializava o pedido daquele jovem casal, tão simpático, e de como pode ser importante para eles a presença do seu pároco e um simples registo de um momento tão significativo nas suas vidas - o baptismo do seu primeiro filho. Ainda bem que acedi, que abracei aqueles pais e que aquele registo se poderá manter.
Deixo-vos este pensamento que acabo de ler:
Depois da notícia anterior, esta é para mim menos agradável, embora seja consequência do que já sabemos. Enfim.... não sei se é este o caminho (e nem me peçam para acreditar, neste caso, na infalibilidade do Papa, pese embora este assunto não ser dogma de fé!). É, naturalmente, uma consequência do que já considerámos atrás! Que Deus nos ilumine!
"D. José Francisco Sanches Alves, Bispo de Portalegre-Castelo Branco, publicou um decreto em que apresenta a Diocese dividida em apenas 5 Arciprestados, em vez dos 14 que têm vigorado até agora.O prelado fundamenta a nova divisão nas seguintes razões: "É tradição da Igreja agrupar as paróquias com características comuns e proximidade geográfica em Arciprestados, com o duplo objectivo de optimizar o trabalho pastoral em cada zona e de facilitar os encontros periódicos dos clérigos, destinados à formação permanente e à programação de inter-ajuda pastoral".O número de Arciprestados de cada Diocese varia ao longo do tempo, conforme as conveniências pastorais de cada época. Segundo D. José Alves, na Diocese de Portalegre-Castelo Branco "alteração dos condicionalismos sociais e pastorais, ocorrida nos últimos tempos, aconselha a que se proceda a uma reestruturação dos Arciprestados, reduzindo o seu número e alterando a sua composição".Tendo em conta "a progressiva redução do número de sacerdotes diocesanos e a diminuição e envelhecimento das populações das paróquias rurais" e verificando, por outro lado, que nos últimos anos melhorou significativamente a rede viária e a facilidade de deslocação de umas paróquias para as outras, procedeu-se então à nova organização dos Arciprestados".
É curioso o facto de a história nunca se repetir, mas de assumir expressões semelhantes, como se fosse marcada por uma dinâmica de espiral – em pontos diferentes, realidades semelhantes. Isto vem a propósito dos partidos políticos. Surgidos na segunda metade do século XIX, com o partido Regenerador e o partido Histórico, que havia de dar lugar, na década de 70, ao partido Progressista, logo acompanhados pelo Partido Republicano e do Socialista, definiam-se como “organização política que procura pôr em prática um conjunto de princípios ideológicos, através da confiança e apoio[1] dos cidadãos, manifestados em eleições”[2].