Terminámos hoje a 1ª série de Encontros de Preparação para o Matrimónio, no Arciprestado da Mealhada. É grato concluir que os noivos se manifestaram interessados, próximos, dialogantes e afáveis no trato. Sinal disso mesmo foi a permanência da grande maioria dos casais, no final do encontro, em diálogo informal e convívo sereno - a conversa que permite um mais profundo e sereno conhecimento e estabelecimento de relações de amizade. Mas foi igualmente interessante escutar a sua avaliação dos encontros (o primeiro dinamizado pelo Filipe e o segundo por mim, com a participação também de alguns casais da pastoral familiar arciprestal) - a necessidade de mais tempo para aprofundar algumas temáticas; a abertura a posteriores encontros para continuar alguma reflexão; o interesse das temáticas abordadas; etc, etc. Enquanto regressava a casa pensava no dever que temos de proporcionar espaços do género aos jovens noivos e jovens casais. Não podemos deter-nos em impressões que nos levam a julgar que os jovens podem não estar interessados. Estão! Participam! Reflectem! E dão-nos ânimo para continuar! Achei curioso que um casal de noivos tivesse pedido mesmo mais tempo de preparação, pois o tempo de que dispusémos pareceu insuficiente. Sinal bem positivo! Enquanto Igreja, nós temos o dever de celebrar com os noivos o seu matrimónio sacramental. Mas temos, igualmente, o dever de reflectir com eles; de propor caminhos; de aprofundar escolhas; de abrir espaço à compreensão dos direirtos e deveres da família; de aprofundar a sua importância na Sociedade e na Igreja; e, essencialmente, de os ajudar a perceber o que distingue o matrimónio cristão de outras opções de vivência conjunta. Para tal, temos de empenhar cada vez mais os casais; temos de responsabilizar todos os agentes pastorais, a começar pelos sacerdotes. É que não basta falar da importância da família: temos de ser nós a promovê-la! E tão pouco basta que avaliemos os nossos jovens pela sua maior ou menor capacidade de assumir compromissos no tempo e na cultura hodierna! É nosso dever caminhar com eles! É nosso dever animá-los na opção que escolheram! E não se trata apenas de um dever pastoral; trata-se, também, de uma forma de vivência da Igreja que é comunhão e comunhão no Amor! Mais: este bem pode ser um espaço para viver sinceramente a caridade cristã! Olhando cada rosto, cada casal de noivos (daqueles doze casais iniciais e catorze hoje) não será caridade cristã sentir que podemos - mais ou menos - contribuir para uma vivência mais rica do ponto de vista humano, no compromisso cristão, no compromisso social e, essencialmente, na felicidade de cada um? Prouvera a Deus que sim! Que as nossas palavras possam ser um contributo para seu e nosso bem!
De realçar ainda a preocupação dos casais da pastoral familiar em levar alguns bolos e algumas bedidas, o que nos permitiu permanecer em convívio por algum tempo. É que as relações de amizade, de confiança e de proximidade constroem-se, quantas vezes, deste modo!... E foi bom estarmos juntos em serena conversação sobre vivências, projectos, expectativas... Num espaço em que cada um pode falar de si! A «cumplicidade» faz-se muita vezes assim!