domingo, 17 de fevereiro de 2008

Defesa do Ensino Artístico em Portugal!

Acabo de assinar uma petição online, no sentido de se salvaguardar a «Defesa do Ensino Artístico em Portugal». Esta petição pode fazer-se em petitiononline.com. A razão que me levou a subscrever esta lista é o desnorte governativo a que temos assistido. Primeiro na saúde e agora na educação. Senão vejamos: na sáude não tinhamos alternativas para atender condignamente as pessoas e fecharam-se urgências. Isto é, primeiro encerra-se o que há e depois criam-se estruturas para responder ao que falta. Agora, ao nível da educação, limita-se o ensino artístico nos Conservatórios com a promessa de que o ensino passará para as escolas públicas. Todavia, não existe um programa de valorização do ensino artístico nas escolas; não existem professores destacados para esta área; não existe uma estrutura de suporte que permita a sua instauração tão rápida no ensino público; nem tão pouco existe uma sensibilização dos pais para a formação a este nível. Assim começamos uma vez mais a casa pelo telhado: retiramos o pouco que existe, sem oferecer o que seria desejável. Quem dera que as nossas escolas formassem integralmente os seus alunos. Também a este nível. Todavia, as políticas são de supressão e não de construção. Temos pouco e acabamos com esse pouco que ainda nos resta. Se é certo que apenas uma minoria das nossas crianças têm acesso a este tipo de ensino, ao menos não acabem com a possibilidade de estes se valorizarem. Na verdade, apetece mesmo dizer: basta! Não se entendem estas opções governativas mascaradas de boas intenções. Como se nós não conhecessemos já os resultados. Daqui a pouco teremos alunos menos bem preparados, menos valorizados, menos capazes de desenvolver competências, como é apanágio discursivo do Ministério da Educação. Apetece-me ainda dizer: valham-nos as nossas Sociedades Filrmónicas, que, abnegadamente, fazem um trabalho que os poderes públicos são incapazes de promover! Até que eles venham intrometer ali também o seu nariz! Infelizmente temos um poder que mais parece limitativo do que construtivo! Não pretendo assumir aqui posturas político-paridárias, mas simplesmente a defesa daquilo que me parece o mais elementar bom senso!