Em conversa com algumas pessoas - em que, não raro sobressai a religão - tenho tido a sensação de que institucionalizámos Deus. Ou mais ainda, que O acorrentámos! E isso acontece quando a imagem de Deus que se conhece coincide exactamente com a imagem de Igreja que se detém. Acontece quando nós - homens e mulheres do Sagrado - entendemos que os limites da acção de Deus se configuram com os nosos próprios limites de acção. Quando desejamos que o coração de Deus reaja como o nosso coração. Quando o limite da graça é a nossa última palavra. Pois, mas não: DEUS NÃO ESTÁ ACORRENTADO! E não é, quantas vezes, o que queremos fazer d'Ele, nem tão pouco o seu ser se confunde em absoluto com a instituição Igreja que nos lega. Deus é infinitamente mais (no Mistério do seu Ser, do seu Agir e do seu Acolhimento). Bom seria que muitos irmãos nossos ao querer falar de Deus não se situassem meramente ao nível da Sua Igreja! Que é d'Ele; que é Ele; mas que não o esgota! Vale a pena ver mais longe. Para descobrirmos o Seu verdadeiro rosto!