segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Matrimónio e Família!

Há dias referia aqui Lipovetsky, na sua concepção de pós-modernidade, autor que nos diz que a sociedade hodierna - pós-moderna - exacerbou princípios como são o individualismo, o consumismo e a ética hedonista. Cito-o, também, no Plano Pastoral que elaborei para as Comunidades Paroquiais que me estão confiadas. Duas realidades actuais que manifestam este individualismo e esta ética hedonista são o matrimónio e as «novas» concepções de família, em que a sociedade se baseia. Na verdade, tudo assenta no sentimento ténue, numa desresponsabilização face a um projecto, que comporta um compromisso face ao outro e face à sociedade. Não pretendo aqui, todavia, analisar detalhadamente o assunto. Sinto - e por isso o assumi no contexto de planificação pastoral! - que o matrimónio e a família necessitam de uma atenção especial por parte dos cristãos. De umo modo claro, hoje, mais que nunca, os casais cristãos são chamados a testemunhar uma outra conjugalidade e um outro sentido de família. Há pouco, visualizando o video-reportagem que abriu o «Prós e Contras» sobre a problemática da lei do divórcio, reparava no dado seguinte: em cada 100 matrimónios, 48 desfazem-se. Isto é, quase 50% dos casamentos são desfeitos. Pergunto-me (e deixo a questão em aberto, para quem quiser responder!): que futuro para o matrimónio? Que futuro para a família? Que futuro para uma sociedade estável? Que futuro para testemunho das famílias cristãs?

OBS. Não pretendo aqui fazer valer, a todo o custo, uma estrutura que muitos dizem ter sofrido uma «evolução». Tão pouco defendo a «estrutura familar» na sua aparência. Acredito que ela é basilar para o equilíbrio pessoal dos cônjuges; para o equilíbrio afectivo, psicológico e social dos filhos; e para o equilíbrio das sociedades. Não é uma vontade de permanência que me move, mas sim uma verdadeira convicção. Já agora, fica, como imagem a ilustrar esta postagem, a capa de um livro que procura salvar a união comjugal. Não conheço o livro; achei curioso o título! Talvez um desafio para os casais cristãos!