Uma realidade que em nós desperta a ânsia de plenitude, de imortalidade, de infinito, de desejo de atingir o até então inalcançado, pode ser a experiência extasiante de uma imagem, de um horizonte, de um pôr do sol, ou de uma música... Hoje continuo a sentir que uma das músicas que me faz viver este desejo de me superar, sabendo da impossibilidade de alguém sintonizar em absoluto com o que sinto, é este magnífico Concerto de Aranjuez! Da serenidade ao crescendo; da ânsia ao quase grito; à expressão mais plena do desejo de liberdade e de infinito; para depois terminar na paz e no silêncio... Aconselho vivamente a ouvir - no silêncio profundo! - este belo Concerto de Joaquín Rodrigo.
NOTA: Refiro o segundo andamento: Adágio; muito embora toda a obra seja de grande beleza e expressividade!