Acabo de rever o Filme "A Missão", de Roland Joffé, com Robert de Niro e Jeremy Irons. Se é certo que hoje releio com maior clarividência a história que sujzaz a esta ficção - a relidade da Missão dos Jesuítas na América -, não deixa de ser verdade (sem anacronismos!) que em nome da vontade de Deus muitas vezes se procurou a vontade humana. Na verdade, subjaz a este filme uma questão inquietante: a luta entre duas concepções ideológicas, políticas e socais da época em que decorre toda a acção, o século XVIII. Apesar de tudo, o drama humano está bem patente. E, de algum modo, hoje, como ontem, corremos o mesmo risco - impôr uma vontade unilateral (de quem tem força!), nem que seja usando o nome de Deus! A história é um dasafio contínuo à nossa consciência. Num contexto mental, cultural, político e ideológico diferente, continuamos a usar o «mesmo nome de Deus» para impôr «uma» vontade unilateral, nem que para isso se oponham religiões, culturas, ou simplesmente expresões como «eixo do mal».... E em «nome de Deus» continuamos a buscar interesses humanos... Com o mesmo drama maior: os mais pobres são sempre os que sofrem, porque esses não têm poder e dependem de quem os governa! O drama não é do passado.... Infelizmente, continua no presente! Neste (e único presente!) em que acalentamos um desejo de um futuro bem mais justo e humano!