É inequívoco que a Pedofilia é um crime! É inequívoco que a Pedofilia deve ser condenada por todos. É inequívoco que devemos procurar todos os meios para proteger as crianças em risco de cair nas mãos de adultos doentes, com uma atracção «mórbida» por essas mesmas crianças. É inequívoco tudo isto. E o esforço conjugado no sentido de prevenir um mal terrível é um dever, igualmente inequívoco, de todos nós! É um dever da sociedade: em cada um dos seus elementos e de toda ela, nas suas instâncias jurídicas!
Todavia, parece-me que a pedofilia, na abordagem da Igreja, tem sido usada como arma de arremesso: o Papa foi aos Estados Unidos e, entre tantos discursos, acções, gestos, os noticiários encheram-nos as casas com notícias do pedido de perdão pela pedofilia dos padres naquele país; o Papa vai agora à Austrália, numa Jornada Mundial de Juventude, e os meios de comunicação já ser perfilaram para manter o mesmo discurso! E eu pergunto: será que os meios de comunicação estão assim tão interessados nas vítimas dos pedófilos que – infelizmente – no seio da Igreja se aproveitaram da sua situação para agir de forma doentia e criminosa? Será que os meios de comunicação querem fazer a justiça que cabe aos tribunais realizar? Será que o intuito não é mesmo descredibilizar a Igreja na sua acção e nas suas propostas? Mais ainda: será que os meios de comunicação são sempre tão atentos e denunciadores relativamente a outras instituições? Ás vezes sim (felizmente!), mas nem sempre!
Não podemos deixar-nos cair no engodo das notícias! Pedófilos na Igreja? Sim, de facto existem! Para mal de todos – das crianças vitimadas, dos próprios pedófilos, da sociedade e da comunidade cristã. Mas existe muito mais vida para além da pedofilia. Certamente muitos sacerdotes nesse outro continente vivem a sua vida num esforço contínuo de servir os irmãos e de construir o Reino de Deus! Certamente que a esse esforço têm votado toda a sua vida! Porquê omitir esse esforço? Porquê omitir tanto gesto de dedicação, de entrega, de luta pelo respeito da vida humana em todas as circunstâncias e em todos os momentos do seu desenvolvimento? Certamente – diremos nós! – isso não «vende» a notícia! Pois eu digo: certamente isso não contribui para uma certa estratégia de desacreditação e de tentativa de afronta à Igreja, que persiste nalguns meios de comunicação!
E o Papa, como se tem comportado? Num afã de atrair uma certa «respeitabilidade» não deixa de, a cada passo, falar do assunto! Veja-se a entrevista em pleno voo a caminho da Austrália!... Não seria mais prudente falar deste assunto de uma vez, quando ele devesse – em sede própria – ser tratado? Enfim… Julgo que o drama tem sido explorado; e que o Papa, infelizmente, com tomadas de posição repetidas, não tem deixado de contribuir para esta procissão de acusações. Mesmo que, pela sua sobrevalorização, se tornem injustas e indignas do esforço de tantos consagrados.
Restaria ainda perguntar: como tem a Igreja lidado com a afectividade e com a sexualidade?... Como tem lidado com a formação dos seus sacerdotes, na proximidade, no diálogo, no acompanhamento, prevenindo estas terríveis desorientações de personalidade? É que muito do esforço se faz a montante e não apenas a jusante! Tão pouco – parece-me! – se trata de uma selecção criteriosa! Nesta perspectiva estaríamos a pôr em causa todo o trabalho dos nossos seminários. Trata-se, sim, de perceber que as desorientações de personalidade podem advir, se não houver cuidado! Não sei se a pedofilia é algo de inato, ou porventura se o seu aparecimento pode surgir com o decorrer do tempo! Também isso agora não é determinante! Determinante é a atitude de proximidade, de acompanhamento, de diálogo, de sinceridade (quantas situações podiam ter sido evitadas se a acção fosse imediata, sem hipocrisia?) … Determinante é um discurso de unidade, de exigência e de caridade para o seio da Igreja. Sem complacências, mas de acolhimento.
Enfim… sobretudo, parece-me, existe muito mais vida para além da pedofilia! A Igreja – grande comunidade dos crentes – é essa multidão imensa de homens e mulheres (entre os quais muitos padres!) que vão semeando muito bem na vida de muita gente. Não nos deixemos confundir por quem, deliberada e sistematicamente, a pretende afrontar! Afirmemos cada vez mais a caridade como o grande valor que nos une; sejamos o seu rosto e, então sim, o mundo de hoje poderá falar de nós com outras referências!
Todavia, parece-me que a pedofilia, na abordagem da Igreja, tem sido usada como arma de arremesso: o Papa foi aos Estados Unidos e, entre tantos discursos, acções, gestos, os noticiários encheram-nos as casas com notícias do pedido de perdão pela pedofilia dos padres naquele país; o Papa vai agora à Austrália, numa Jornada Mundial de Juventude, e os meios de comunicação já ser perfilaram para manter o mesmo discurso! E eu pergunto: será que os meios de comunicação estão assim tão interessados nas vítimas dos pedófilos que – infelizmente – no seio da Igreja se aproveitaram da sua situação para agir de forma doentia e criminosa? Será que os meios de comunicação querem fazer a justiça que cabe aos tribunais realizar? Será que o intuito não é mesmo descredibilizar a Igreja na sua acção e nas suas propostas? Mais ainda: será que os meios de comunicação são sempre tão atentos e denunciadores relativamente a outras instituições? Ás vezes sim (felizmente!), mas nem sempre!
Não podemos deixar-nos cair no engodo das notícias! Pedófilos na Igreja? Sim, de facto existem! Para mal de todos – das crianças vitimadas, dos próprios pedófilos, da sociedade e da comunidade cristã. Mas existe muito mais vida para além da pedofilia. Certamente muitos sacerdotes nesse outro continente vivem a sua vida num esforço contínuo de servir os irmãos e de construir o Reino de Deus! Certamente que a esse esforço têm votado toda a sua vida! Porquê omitir esse esforço? Porquê omitir tanto gesto de dedicação, de entrega, de luta pelo respeito da vida humana em todas as circunstâncias e em todos os momentos do seu desenvolvimento? Certamente – diremos nós! – isso não «vende» a notícia! Pois eu digo: certamente isso não contribui para uma certa estratégia de desacreditação e de tentativa de afronta à Igreja, que persiste nalguns meios de comunicação!
E o Papa, como se tem comportado? Num afã de atrair uma certa «respeitabilidade» não deixa de, a cada passo, falar do assunto! Veja-se a entrevista em pleno voo a caminho da Austrália!... Não seria mais prudente falar deste assunto de uma vez, quando ele devesse – em sede própria – ser tratado? Enfim… Julgo que o drama tem sido explorado; e que o Papa, infelizmente, com tomadas de posição repetidas, não tem deixado de contribuir para esta procissão de acusações. Mesmo que, pela sua sobrevalorização, se tornem injustas e indignas do esforço de tantos consagrados.
Restaria ainda perguntar: como tem a Igreja lidado com a afectividade e com a sexualidade?... Como tem lidado com a formação dos seus sacerdotes, na proximidade, no diálogo, no acompanhamento, prevenindo estas terríveis desorientações de personalidade? É que muito do esforço se faz a montante e não apenas a jusante! Tão pouco – parece-me! – se trata de uma selecção criteriosa! Nesta perspectiva estaríamos a pôr em causa todo o trabalho dos nossos seminários. Trata-se, sim, de perceber que as desorientações de personalidade podem advir, se não houver cuidado! Não sei se a pedofilia é algo de inato, ou porventura se o seu aparecimento pode surgir com o decorrer do tempo! Também isso agora não é determinante! Determinante é a atitude de proximidade, de acompanhamento, de diálogo, de sinceridade (quantas situações podiam ter sido evitadas se a acção fosse imediata, sem hipocrisia?) … Determinante é um discurso de unidade, de exigência e de caridade para o seio da Igreja. Sem complacências, mas de acolhimento.
Enfim… sobretudo, parece-me, existe muito mais vida para além da pedofilia! A Igreja – grande comunidade dos crentes – é essa multidão imensa de homens e mulheres (entre os quais muitos padres!) que vão semeando muito bem na vida de muita gente. Não nos deixemos confundir por quem, deliberada e sistematicamente, a pretende afrontar! Afirmemos cada vez mais a caridade como o grande valor que nos une; sejamos o seu rosto e, então sim, o mundo de hoje poderá falar de nós com outras referências!