Hoje dava comigo a pensar como se desrespeitam tantos direitos fundamentais. E um deles, é o direito ao trabalho! Afirma-o A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, quando refere: «Todas as pessoas têm direito de trabalhar e de exercer uma profissão livremente escolhida ou aceite» (Art. 15). Na verdade, como tantos outros, este é um bem essencial - indispensável para a salvaguarda da dignidade humana! - que continua a ser desrespeitado! Quanto vezes me interrogo: como poderá uma família ter paz, ter o mínimo de qualidade de vida, ter alegria, quando não se lhe respeita este direito elementar? Que dramas escondem as privações do trabalho? Que futuro se reserva aos jovens a quem se nega este direito fundamental? Existe uma lógica que é necessário inverter! O capitalismo desenfreado não pode abafar o mínimo de equilibrio social em que uma sociedade tem de se basear! Criar riqueza? Sim! Mas uma riqueza que sirva a todos, sobretudo salvaguardando os seus direitos mais elementares - o direito ao pão de cada dia; o direito a uma casa; o direito à educação; o direito à estabilidade... Poderá o trabalho continuar a ser um bem escasso, elemento de estatística, perante a necessidade de alguém? Não! Não pode! Em nome dos direitos mais fundamentais que a todos devem ser assegurados, enquanto condição essencial da dignidade da pessoa humana!